quarta-feira, 17 de março de 2010

A linguagem da Cruz (II)



«...morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo. Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. E a vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus que me amou e a si Mesmo se entregou por mim” (Gal. 2,19-20)»

«Pela Cruz, sou Cristão»
Fábio


> Pela Cruz, Jesus permite aos homens criarem intimidade com Deus. Ele aproxima o Homem de Deus, na medida em que recorda que SOMOS FILHOS (algo que já tínhamos esquecido). Desta forma, Cristo abre-nos as portas à filiação divina, onde experimentaremos, também nós, essa intimidade filial com Deus.


> Esta é a grande novidade existencial da fé cristã é sentirmo-nos Filhos de Deus. O Homem Velho morre  e renasce o Homem Novo, por outras palavras, o Homem, que esqueceu Deus, morre e ,com Cristo, somos convidados a uma vida nova e a participar da vida nova do Ressuscitado. 

> Neste contexto, Paulo, sem anular a realidade humana, sobretudo a realidade corpórea, dá-lhe uma liberdade e uma grande dignidade. Partilhar a Cruz com Cristo é o convite de São Paulo para todo o Cristão. Por outras palavras, queres ser CRISTÃO? Se sim, deixa-te crucificar com Cristo, pois é lá onde descobrimos que temos um Pai, que nos ama sem medida.

 > Esta experiência filial é dom gratuito, pois a nossa natureza humana, marcada pelo pecado, nunca se abriria espontaneamente a essa grande novidade de nos sentirmos filhos de Deus. É o que diz São Paulo aos Romanos: “De facto, coisa impossível à Lei, que a carne tornara impotente, Deus, ao enviar-nos o Seu próprio Filho, com uma carne semelhante à do pecado e por causa do pecado, condenou o pecado na carne, para que a justiça da Lei se realizasse em nós, cuja conduta não obedece à carne, mas ao espírito” (Rom 8,3-4).

 

Sem comentários:

Enviar um comentário