terça-feira, 15 de junho de 2010

até já

3 – Paulo: tem dores de parto – Gal 4, 19

τέκνα μου, οὓς πάλιν ὠδίνω μέχρις οὗ μορφωθῇ Χριστὸς ἐν ὑμῖν·

“Meus filhos, por quem sinto outra vez dores de parto, até que Cristo se forme entre vós!”

O apóstolo neste quarto capítulo da Carta aos Gálatas continua à temática do capítulo anterior na medida em que continua a ensaiar perspectivas no sentido de recuperar os Cristãos que haviam sido influenciados pelos cristãos judaizantes. Neste sentido neste capítulo Paulo escreve-lhes várias teses no sentido de os ajudar: a grande novidade do Evangelho supera toda a lei (vv. 1-7); relembra a mudança feliz que foi a conversão de cada um a Cristo (vv. 8-11); o afecto que a comunidade lhe (a Paulo) dedica e à sua missão (vv. 12-16); o carácter negativo dos que os haviam tentado perverter (vv. 17-18); na secção que estudamos agora com mais pormenor, o afecto do Próprio Paulo pela comunidade (vv. 19-20); este capítulo termina, então, com uma argumentação bíblica, no sentido explicar a primazia de Cristo sobre a lei a partir da própria lei.

Este sofrer dores de parto (δνω) assume portanto, desde já um duplo significado. Por um lado Paulo sofre no sentido em que os seus filhos espirituais, eles mesmos lhe causam dor no seu nascimento difícil para a fé. Por outro lado reconhece, tal como num bebé, a fragilidade e a exposição dos destes filhos de tenra idade espiritual a ataques e parasitas exteriores. Paulo mostra, ao mesmo tempo, o exemplo àqueles aos quais são encarregues comunidades: que sejam pais diligentes, considerando os membros da sua comunidade crianças de tenra idade, no sentido de as proteger e exortar.

Importante ainda o facto de Paulo dizer que este nascimento só se completa na medida em que Cristo se forma na comunidade. Estamos portanto perante uma gradação no crescimento espiritual, pessoal e comunitário. Note-se que o advérbio πλιν indica que Paulo sofre “outra vez” as dores de parto, como dando a conhecer que já as tinha sofrido provavelmente aquando da fundação da comunidade. “Como fundador apostólico da comunidade, ele sofre pelos Gálatas”.

Raymond Collins diz-nos que Paulo escreve estes dois versículos aos dizendo o que uma mãe desgostosa diria aos seus filhos: “just before his exposition of the Sarah-Hagar allegory, Paul writes to the Galatians as a frustrated mother might do: “My little children (teknamou), for whom I am again in the pain of childbirth (odino) until Christ is formed in you, I wish I were present with you now and could change my tone, for I am perplexed about you” (4:19-20)”. Como continua a explicar este autor, embora a imagem maternal continue presente, aqui distanciamo-nos bastante da imagem que encontramos na primeira carta aos Tessalonicenses: em 1Tes 2, 7-8 Paulo usa a imagem para mostrar o seu afecto pela comunidade a que escreve; em Gal 4, 19 usa esta metáfora para falar do sofrimento causado pela comunidade. Esta imagem ganha mais força se considerarmos: por um lado Paulo sente “outra vez dores de parto” (πλιν δνω); por outro são dores de parto prolongadas “até que…” (μχρις) Cristo se forme entre eles.

Consultar:

Consultar:

SÁNCHEZ BOSCH, Jordi, Escritos paulinos, Editorial Verbo Divino, Estelha 1998.

RICHARD, Earl J. First and Second Thessalonians, Sacra Pagina, Minnesota 2007.

COLLINS, Raymond F., The Power of Images in Paul, The Liturgical Press, Minessota 2008.

MURPHY-O'CONNOR, Jerome, RIGATO, Maria Luisa , MILITELLO, Cettina, Paulo e as Mulheres, Edições Paulinas, Prior Velho 2009.

MURPHY-O'CONNOR, Jerome, Pablo, su historia, San Pablo, Madrid 2008.

2 – Paulo: amamenta os bebés – 1Cor 3, 1-2

Κἀγώ, ἀδελφοί, οὐκ ἠδυνήθην λαλῆσαι ὑμῖν ὡς πνευματικοῖς ἀλλ᾽ ὡς σαρκίνοις, ὡς νηπίοις ἐν Χριστῷ. γάλα ὑμᾶς ἐπότισα, οὐ βρῶμα, οὔπω γὰρ ἐδύνασθε. ἀλλ᾽ οὐδὲ ἔτι νῦν δύνασθε,

“Quanto a mim, irmãos, não pude falar-vos como a simples homens espirituais, mas como a homens carnais, como a criancinhas em Cristo. Foi leite que vos dei a beber e não alimento sólido, que ainda não podíeis suportar.”

Este terceiro capítulo é especialmente exemplo do desagrado que Paulo sente perante a carnalidade pecaminosa dos Coríntios que se manifesta de forma visível nas suas divisões internas. Neste capítulo portanto, Paulo, faz questão de apontar o que está errado entre os Coríntios: lembra aos ministros que eles não são mais do que isso mesmo (v. 5); lembra que todos os membros da comunidade são iguais (vv. 6-10); lembra que a comunidade de indivíduos se construiu a partir do mesmo fundamento (vv. 11-15). Exorta portanto a que cada membro desta comunidade honre o seu corpo mantendo-o puro (vv. 16-17) e seja humilde. Termina afirmando novamente que os ministros não deverão ser especialmente exaltados, no sentido de serem vistos acima dos restantes membros da comunidade.

Apesar deste capítulo conter, portanto, este tom correctivo, impressiona ver como Paulo se dirige aos leitores. Estamos aqui perante a imagética maternal mais uma vez, porém desta vez assume uma tonalidade diferente, na medida em que Paulo diz que amamentou a comunidade constituída por criancinhas/bebés (νηπίοις), qual mãe. Diferentemente da primeira carta aos Tessalonicenses, Paulo justapõe as imagens de “pai” e “mãe” para falar da sua relação com a comunidade de Corinto. Note-se ainda que esta metáfora familiar começa logo pelo pronome ἀδελφοί (irmãos/irmãs). Mas de forma repentina Paulo pede estes seus Irmãos se considerem criancinhas vendo em Paulo a mão que os alimenta com o que eles são capazes de integrar ao seu nível.

É ainda muito interessante esta metáfora gastronómica de Paulo, criando um contraste entre leite (γάλα) e alimento sólido (βρῶμα), o qual os Coríntios não serão capazes de digerir. Vários comentadores procuraram dar a sua explicação, por seu lado Raymond Collins escreve: “Since Paul does not propose two tiers of membership in the church or two levels of preaching and acceptance of the gospel message, any pursuit of specific references for “milk” and “solid food” seems to be inconsistent with his thought. Paul, moreover, does not say that he has provided solid food to anyone. The pursuit of specific references for milk and solid food is unwarranted and deprives Paul’s metaphor of its rhetorical force. The contrast between milk and solid food enhances Paul’s metaphorical description of the Corinthians as mere infants. Proclaiming themselves to be fully mature, they are really like infants who can only drink milk, incapable as they are of eating solid food”. O próprio verbo usado por São Paulo “ter dado de beber” (ἐπότισα) “leite” (γάλα) mostra precisamente este amor maternal do apóstolo.

Este mesmo autor explica que por outro lado o facto de Paulo se considerar mãe da comunidade vai ao encontro da outra imagem que ele apresenta de si mesmo: servo dos seus irmãos em Cristo. E esta palavra “servo” que em grego é tão rica, até porque dependendo do contexto, se diz de forma diferente: dialkonos (servidor litúrgico); doulos (escravo); hyperetes (servo em sentido mais militar); oikonomous (gestor, mais a nível económico).

Portanto, neste ambiente de dura correcção da comunidade de Corinto, Paulo continua a mostrar o laço de afecto e preocupação que caracterizam a relação com a comunidade. Simultaneamente através destas imagens afasta-se a ideia de uma frieza radical de Paulo, mesmo em duros momentos como este.

Consultar:

SÁNCHEZ BOSCH, Jordi, Escritos paulinos, Editorial Verbo Divino, Estelha 1998.

RICHARD, Earl J. First and Second Thessalonians, Sacra Pagina, Minnesota 2007.

COLLINS, Raymond F., The Power of Images in Paul, The Liturgical Press, Minessota 2008.

MURPHY-O'CONNOR, Jerome, RIGATO, Maria Luisa , MILITELLO, Cettina, Paulo e as Mulheres, Edições Paulinas, Prior Velho 2009.

MURPHY-O'CONNOR, Jerome, Pablo, su historia, San Pablo, Madrid 2008.

Paulo: aia – 1Tes 2, 7

δυνάμενοι ἐν βάρει εἶναι ὡς Χριστοῦ ἀπόστολοι. ἀλλὰ ἐγενήθημεν νήπιοι ἐν μέσῳ ὑμῶν, ὡς ἐὰν τροφὸς θάλπῃ τὰ ἑαυτῆς τέκνα

Quando nos poderíamos impor como apóstolos de Cristo, fomos, antes, afectuosos no meio de vós, como uma mãe que acalenta os seus filhos quando os alimenta.”

Neste segundo capítulo da primeira carta de Paulo aos Tessalonicenses vemos o à-vontade com que Paulo se dirige a esta comunidade. Esta confiança é acompanhada ainda de um sentimento mútuo de integridade no seguimento do caminho do Senhor. Como muitos especialistas analisam, esta carta não pretenderia transmitir muitos conteúdos aos cristãos em Tessalónica. Pretendeu sim, mostrar uma proximidade e presença espiritual de Paulo junto à comunidade: “ (…) Por eso, en Primera Tesalonicenses, la primera carta que debió de escribir, el apóstol no tiene interés en comunicar grandes novedades, sino en infundir ánimo y responder a las preguntas planteadas, a la luz de la doctrina anteriormente transmitida”.

Neste sentido Paulo apresenta-se ele mesmo como modelo na medida da sua sinceridade e integridade, tal como a dos seus colaboradores. Paulo acredita, e escreve-o, que a sua fé sincera é a chave do seu sucesso. Portanto, também os ministros da Palavra terão tanto mais sucesso quanto Ela tomar vida nas suas próprias vidas. Claro que, como em todos os escritos paulinos, Paulo afirma a primazia de Jesus sobre tudo o seu trabalho, Ele é o verdadeiro centro à volta do qual as comunidades devem gravitar. Neste sentido Paulo defende que a sua autoridade lhe vem de Jesus e logo reclama a paterninade, melhor, a maternidade das comunidades.

Vejamos, porém, que a partir de algumas traduções e lexicos que a palavra grega τροφς significa não uma mãe biológica mas “mãe adoptiva”, uma aia. Portanto esta palavra está impregnada de simbolismo. Este termo remete-nos para uma figura maternal, que não sendo a mãe biológica, alimenta os seus filhos adoptivos como se fossem dela própria. Aliás, se analisarmos racionalmente esta imagem de São Paulo ela é incongruente no sentido em que fala de uma mãe adoptiva (τροφς) que cuida dos seus próprios filhos (νπιοι μν). Neste sentido percebemos que Paulo mostra que na realidade estes “filhos” não são dele mas de Jesus, porém Paulo ama-os como se fossem dele próprio. Esta imagem portanto está impregnada de carinho e de cuidado afectuoso.

Digno de nota é ainda o verbo que descreve esta acção maternal de Paulo no conjuntivo presente activo θλπ. Este verbo literalmente significará “manter aquecido”, como um pássaro mantém quentes os seus ovos.

Reconhecemos, portanto, como Raymond Collins que as imagens usadas por São Paulo são poderosíssimas. Neste caso este autor explica que a palavra νπιοι que Paulo usa para descrever os seus colaboradores será a mais comummente aceite (outros autores chegaram a defender que seria πιοι no sentido em que esta significa “gentios”). Esta palavra portanto destina-se à intensificação da imagem usada por Paulo, pois significa filhinhos ou criancinhas. Neste sentido, igualmente se mostra a proximidade e o conhecimento profundo que a comunidade de Tessalónica e São Paulo partilhavam.

Recordemos, então, que no momento em que Paulo se encontra em Atenas ele lembra-se da comunidade de Tessalónica, temendo o seu enfraquecimento na fé, pelo que lhes dirige esta carta carinhosa. Como bem nos diz Jerome Murphy-O'Connor: “La principal preocupación que tendría Pablo era, sinduda, por los conversos que había dejado atrás en Tesalónica. No había razón para pensar que los cristianos de allí fueran a escapar de la persecución que él mismo había evitado gracias a la huida. No temía que los tesalonicenses fueran a ceder por las presiones físicas de sus vecinos (1Tes 2,14): el verdadero peligro residía en otra circunstancia, bastante más sutil. Pablo conocía el modo de pensar de sus conversos. Estos creían, con cierta ingenuidad, que por su nueva condición quedarían a salvo de la violencia endémica que les había precedido en su anterior condición de pobres obreros. Pablo temía que cundiera la desilusión, que sobreviniera una decepción tan grande como para hacerles renegar de su nueva fe. Si los creyentes de Tesalónica llegaban a sentirse estafados, seguramente todo estaría perdido”.

Algumas fontes a consultar:

SÁNCHEZ BOSCH, Jordi, Escritos paulinos, Editorial Verbo Divino, Estelha 1998, p. 58.

RICHARD, Earl J. First and Second Thessalonians, Sacra Pagina, Minnesota 2007, pp82-83.

COLLINS, Raymond F., The Power of Images in Paul, The Liturgical Press, Minessota 2008, pp. 17-18.

MURPHY-O'CONNOR, Jerome, RIGATO, Maria Luisa , MILITELLO, Cettina, Paulo e as Mulheres, Edições Paulinas, Prior Velho 2009.

MURPHY-O'CONNOR, Jerome, Pablo, su historia, San Pablo, Madrid 2008, pp. 131-132.

... e o fim!


Comparação Fil 2, 6-11 e 3, 4-11

Fil 2, 6-11

6Ele, que é de condição divina,não considerou como uma usurpação ser igual a Deus; 7no entanto, esvaziou-se a si mesmo, tomando a condição de servo. Tornando-se semelhante aos homens e sendo, ao manifestar-se, identificado como homem, 8rebaixou-se a si mesmo, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. 9Por isso mesmo é que Deus o elevou acima de tudo e lhe concedeu o nome que está acima de todo o nome, 10para que, ao nome de Jesus, se dobrem todos os joelhos, os dos seres que estão no céu, na terra e debaixo da terra; 11 e toda a língua proclame: "Jesus Cristo é o Senhor!", para glória de Deus Pai.

Fil 3, 4-11

4ainda que eu tenha razões para, também eu, pôr a confiança precisamente nos méritos humanos. Se qualquer outro julga poder confiar nesses méritos, eu posso muito mais: 5circuncidado ao oitavo dia, sou da raça de Israel, da tribo de Benjamim, um hebreu descendente de hebreus; no que toca à Lei, fui fariseu; 6no que toca ao zelo, perseguidor da Igreja; no que toca à justiça - a que se procura na lei - irrepreensível. 7Mas, tudo quanto para mim era ganho, isso mesmo considerei perda por causa de Cristo. 8Sim, considero que tudo isso foi mesmo uma perda, por causa da maravilha que é o conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor: por causa dele, tudo perdi e considero esterco, a fim de ganhar a Cristo 9e nele ser achado, não com a minha própria justiça, a que vem da Lei, mas com a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus e que se apoia na fé. 10Assim posso conhecê-lo a Ele, na força da sua ressurreição e na comunhão com os seus sofrimentos, conformando-me com Ele na morte, 11para ver se atinjo a ressurreição de entre os mortos.

O trabalho pedido numa aula (já longínqua…) era relacionar estas duas passagens da Carta aos Filipenses.

São dois maravilhosos textos de São Paulo, que contrapõem duas situações: a glória e o rebaixamento. E como essas duas realidades, em Cristo, têm entre si um nexo indispensável. Temos duas figuras em paralelo: no primeiro, Jesus Cristo, no segundo, São Paulo. E Paulo vai servir-se precisamente dessa ligação para legitimar a sua acção. De facto, a vida do verdadeiro cristão só pode ter como modelo Jesus Cristo. Só à luz dele o homem se compreende. ~

Como afirma a Gaudium et Spes “Na realidade, o mistério do homem só no mistério do Verbo encarnado se esclarece verdadeiramente” (nº 22). Se de Jesus Cristo, Paulo afirma que não se valeu da sua igualdade com Deus, de si próprio Paulo afirma não se valer dos seus méritos (o facto de ser um judeu exemplar). Em Jesus Cristo assistimos a um abaixamento até à condição humana e, aí, até à morte de cruz. Já São Paulo afirma de si que, por causa de Cristo, considera tudo o que tinha e era como esterco, uma vez que perante o conhecimento de Cristo, nada mais, por melhor que seja, se pode igualar a Jesus Cristo.

No capítulo 9 vai mais uma vez apresentar a sua tese da justificação pela fé em Jesus Cristo e não pela Lei. Paulo é o advogado da universalidade do cristianismo, realidade que não distingue os que vêm do judaísmo ou do paganismo, mas que a todos acolhe. Como afirmará Paulo na Carta aos Romanos: É que em Deus não existe acepção de pessoas” (2,11).

Por fim, é importante notar como é central no pensamento paulino a referência ao Jesus crucificado, morto, que é o Senhor Ressuscitado. Isso é evidente no Hino cristológico e não deixa de o ser em Fil 3, 10-11. De facto, Paulo quer imitar Jesus; melhor, quer-se conformar à sua imagem, naquilo que são os sofrimentos e a morte, para assim alcançar a Ressurreição. O verdadeiro conhecimento de Jesus é o deixar-se converter por Cristo, “viver em Cristo” na experiência concreta da vida.

Mimética de Cristo por S. Paulo



Foi interessante descobrir a partir de Fil 2, 6-11 e Fil 3, 1-11 como São Paulo se afirma a ele mesmo um imitador de Cristo, a partir da própria condição de vida assumida.


Por um lado, como vemos na imagem, fala-se do status. Cristo que era de estatuto divino e Paulo que pertencia aos “escolhidos”, era um Hebreu. Depois, como os textos nos descrevem, estes personagens passam por um movimento kenótico (de perda, de esvaziamento de si mesmos). Ainda, mais vão até à humilhação nesse movimento de “sair de si”. Porém, em cada um deles acontece uma elevação, Cristo por Deus e Paulo por Cristo.


Portanto, é a partir desta imitação de Cristo que o Homem se torna verdadeiramente Cristão. Contudo, à semelhança de Cristo deve ser capaz deste movimento kenótico.