Trata-se de uma teofania, uma manifestação de Deus, e colhe em todos os relatos alguns elementos característicos destes acontecimentos: a voz da divindade, a luz, um efeito como que paralisante, dominador daquele(s) a quem a divindade se manifesta, o diálogo,…
Três momentos fundamentais em todos os relatos: um Paulo judeu zeloso no cumprimento da Lei e perseguidor dos que seguem Jesus; a teofania no caminho de Damasco; uma mudança radical na personalidade e vida de Paulo que o determina para a missão.
No 1º relato a voz do narrador; os 2º e 3º são discursos na 1ª pessoa, com duas intromissões do narrador (22,2 e 26,1).
Os 2º e 3º relatos são discursos de defesa: no 2º, Paulo acaba de ser preso face aos sucessos narrados no capítulo 21. No 3º continua preso, agora já em Cesareia (antes ainda em Jerusalém). O 2º relato é algo mais curto do que os outros.
Um Paulo perseguidor dos da Via nos 1º e 2º relatos; um Paulo perseguidor dos santos no 3º. Neste último relato Paulo revela-se até um perseguidor mais feroz.
Uma intensa luz vinda do Céu nos 1º e 2º relatos. Mas no 3º uma luz mais brilhante do que o sol, que refulgia à volta de Paulo e dos seus companheiros: mais do que uma luz, uma iluminação. A missão que o Senhor dá a Paulo será, por isso, fazer passar das trevas à luz aqueles a quem vai ser enviado (26,18).
Nos 1º e 2º relatos Paulo fica cego e em todos cai por terra. No 3º também os companheiros caem por terra. Nos 1º e 2º Paulo, fragilizado e cego, é levado pela mão para Damasco.
«Eu sou Jesus a quem tu persegues» é frase que aparece nos três relatos apenas se acrescentando a Jesus «de Nazaré» no 2º. Talvez para melhor identificação: Paulo fala para judeus e judeus com o nome de Jesus havia muitos. No mais variam as palavras do ressuscitado. No 3º Jesus acrescenta: “É duro para ti recalcitrar contra o aguilhão”» (26,14), isto é, a tua teimosia equivale à do boi que apenas consegue sofrer mais quando se opõe ao ferrão da aguilhada.
No 3º relato Jesus fala a Paulo em hebraico. Nos demais não sabemos em que língua falou.
Ananias, figura relevante pois que a ele Deus revela o plano que tem para Paulo, só aparece nos dois primeiros relatos.
No 2º relato Ananias dá mesmo a conhecer a Paulo o projecto que Deus tem para ele: «O Deus dos nossos pais predestinou-te […] serás testemunha diante de todos os homens, acerca do que viste e ouviste» (22,14-15). Mas neste 2º relato, Paulo tem, no Templo, uma segunda visão de Jesus que, também Ele, lhe dá a conhecer a sua missão: «Vai, que te vou enviar lá longe, aos pagãos» (22,21).
Falta aqui a dupla e simultânea visão do 1º relato, de Paulo e Ananias.
Ananias é, no 1º relato, seguramente um dos seguidores de Cristo. Responde à missão de que o Ressuscitado o incumbe e vai à casa em que Paulo se encontrava. Fê-lo recuperar a vista e baptizou-o. Assim no 2º relato. Mas aqui, no 2º relato, Paulo refere-se a Ananias como «homem piedoso e cumpridor da Lei» (22,12), isto é, um judeu respeitável, ortodoxo. E isto compreende-se melhor se tivermos em conta que Paulo discursa para judeus. No 3º relato é Jesus, Ele mesmo e só Ele, que identifica a Paulo a sua missão. Não aparece Ananias.
Importante é que Paulo adquire com os sucessos do caminho de Damasco uma nova personalidade, de que se dá inteira conta, e muda completamente a sua vida. E isto está patente em todos os relatos.
No 1º relato, recuperadas as forças após a intervenção de Ananias, logo começa a evangelizar (9,20). Este tem uma formulação Cristocêntrica e naquilo que Jesus diz a Ananias vemos uma meditação eclesial acerca da nova identidade de Paulo. Já no 2º relato a formulação é Teocêntrica: Paulo fala como judeu, para judeus, falando-lhes de uma experiência que tem como possível no interior do Judaísmo. Teremos aqui uma recomposição Lucana para mostrar a ortodoxia de Paulo que (arriscadamente) apresenta Jesus como o Messias e o Messias como Deus. O 3º relato tem a sua centralidade no último versículo: «[…] que o Messias tinha de sofrer e que, sendo o primeiro a ressuscitar de entre os mortos, anunciaria a luz ao povo e aos pagãos», isto é, a judeus e gentios. É o querigma, que Paulo já espalhara nos mais de 15 anos de missão.
Mensagem que percorre todos os relatos: no princípio daquilo que Paulo foi para o Cristianismo está uma revelação de Deus; que altera completamente a sua personalidade; que determina uma mudança radical na sua vida; que o levou a dedicar-se inteiramente a percorrer mundo, evangelizando.
Na Estrada de Damasco Paulo percebe que a força do Ressuscitado o chama a ser luz para as nações.
Três momentos fundamentais em todos os relatos: um Paulo judeu zeloso no cumprimento da Lei e perseguidor dos que seguem Jesus; a teofania no caminho de Damasco; uma mudança radical na personalidade e vida de Paulo que o determina para a missão.
No 1º relato a voz do narrador; os 2º e 3º são discursos na 1ª pessoa, com duas intromissões do narrador (22,2 e 26,1).
Os 2º e 3º relatos são discursos de defesa: no 2º, Paulo acaba de ser preso face aos sucessos narrados no capítulo 21. No 3º continua preso, agora já em Cesareia (antes ainda em Jerusalém). O 2º relato é algo mais curto do que os outros.
Um Paulo perseguidor dos da Via nos 1º e 2º relatos; um Paulo perseguidor dos santos no 3º. Neste último relato Paulo revela-se até um perseguidor mais feroz.
Uma intensa luz vinda do Céu nos 1º e 2º relatos. Mas no 3º uma luz mais brilhante do que o sol, que refulgia à volta de Paulo e dos seus companheiros: mais do que uma luz, uma iluminação. A missão que o Senhor dá a Paulo será, por isso, fazer passar das trevas à luz aqueles a quem vai ser enviado (26,18).
Nos 1º e 2º relatos Paulo fica cego e em todos cai por terra. No 3º também os companheiros caem por terra. Nos 1º e 2º Paulo, fragilizado e cego, é levado pela mão para Damasco.
«Eu sou Jesus a quem tu persegues» é frase que aparece nos três relatos apenas se acrescentando a Jesus «de Nazaré» no 2º. Talvez para melhor identificação: Paulo fala para judeus e judeus com o nome de Jesus havia muitos. No mais variam as palavras do ressuscitado. No 3º Jesus acrescenta: “É duro para ti recalcitrar contra o aguilhão”» (26,14), isto é, a tua teimosia equivale à do boi que apenas consegue sofrer mais quando se opõe ao ferrão da aguilhada.
No 3º relato Jesus fala a Paulo em hebraico. Nos demais não sabemos em que língua falou.
Ananias, figura relevante pois que a ele Deus revela o plano que tem para Paulo, só aparece nos dois primeiros relatos.
No 2º relato Ananias dá mesmo a conhecer a Paulo o projecto que Deus tem para ele: «O Deus dos nossos pais predestinou-te […] serás testemunha diante de todos os homens, acerca do que viste e ouviste» (22,14-15). Mas neste 2º relato, Paulo tem, no Templo, uma segunda visão de Jesus que, também Ele, lhe dá a conhecer a sua missão: «Vai, que te vou enviar lá longe, aos pagãos» (22,21).
Falta aqui a dupla e simultânea visão do 1º relato, de Paulo e Ananias.
Ananias é, no 1º relato, seguramente um dos seguidores de Cristo. Responde à missão de que o Ressuscitado o incumbe e vai à casa em que Paulo se encontrava. Fê-lo recuperar a vista e baptizou-o. Assim no 2º relato. Mas aqui, no 2º relato, Paulo refere-se a Ananias como «homem piedoso e cumpridor da Lei» (22,12), isto é, um judeu respeitável, ortodoxo. E isto compreende-se melhor se tivermos em conta que Paulo discursa para judeus. No 3º relato é Jesus, Ele mesmo e só Ele, que identifica a Paulo a sua missão. Não aparece Ananias.
Importante é que Paulo adquire com os sucessos do caminho de Damasco uma nova personalidade, de que se dá inteira conta, e muda completamente a sua vida. E isto está patente em todos os relatos.
No 1º relato, recuperadas as forças após a intervenção de Ananias, logo começa a evangelizar (9,20). Este tem uma formulação Cristocêntrica e naquilo que Jesus diz a Ananias vemos uma meditação eclesial acerca da nova identidade de Paulo. Já no 2º relato a formulação é Teocêntrica: Paulo fala como judeu, para judeus, falando-lhes de uma experiência que tem como possível no interior do Judaísmo. Teremos aqui uma recomposição Lucana para mostrar a ortodoxia de Paulo que (arriscadamente) apresenta Jesus como o Messias e o Messias como Deus. O 3º relato tem a sua centralidade no último versículo: «[…] que o Messias tinha de sofrer e que, sendo o primeiro a ressuscitar de entre os mortos, anunciaria a luz ao povo e aos pagãos», isto é, a judeus e gentios. É o querigma, que Paulo já espalhara nos mais de 15 anos de missão.
Mensagem que percorre todos os relatos: no princípio daquilo que Paulo foi para o Cristianismo está uma revelação de Deus; que altera completamente a sua personalidade; que determina uma mudança radical na sua vida; que o levou a dedicar-se inteiramente a percorrer mundo, evangelizando.
Na Estrada de Damasco Paulo percebe que a força do Ressuscitado o chama a ser luz para as nações.
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