Act 9, 3-8
“Estava a caminho e já próximo de Damasco, quando se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu. 4Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: «Saulo, Saulo, porque me persegues?» 5Ele perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» Respondeu: «Eu sou Jesus, a quem tu persegues. 6Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ão o que tens a fazer.» 7Os seus companheiros de viagem tinham-se detido, emudecidos, ouvindo a voz, mas sem verem ninguém. 8Saulo ergueu-se do chão, mas, embora tivesse os olhos abertos, não via nada. Foi necessário levá-lo pela mão e, assim, entrou em Damasco.”
Act 22, 6-11
Ia a caminho, e já próximo de Damasco, quando, por volta do meio dia, uma intensa luz, vinda do Céu, me rodeou com a sua claridade. 7Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: ‘Saulo, Saulo, porque me persegues?’ 8Respondi: ‘Quem és Tu, Senhor?’ Ele disse-me, então: ‘Eu sou Jesus de Nazaré, a quem tu persegues.’ 9Os meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz de quem me falava. 10E prossegui: ‘Que hei-de fazer, Senhor?’ O Senhor respondeu-me: ‘Ergue-te, vai a Damasco, e lá te dirão o que se determinou que fizesses.’ 11Mas, como eu não via, devido ao brilho daquela luz, fui levado pela mão dos meus companheiros e cheguei a Damasco.
Act 26, 11-20
“11Muitas vezes ia de sinagoga em sinagoga e obrigava-os a blasfemar, à força de torturas. Num excesso de fúria contra eles, perseguia-os até nas cidades estrangeiras. 12Foi assim que, indo para Damasco com poder e delegação dos sumos sacerdotes, 13vi no caminho, ó rei, uma luz vinda do céu, mais brilhante do que o Sol, que refulgia em volta de mim e dos que me acompanhavam. 14Caímos todos por terra e eu ouvi uma voz dizer-me em língua hebraica: ‘Saulo, Saulo, porque me persegues? É duro para ti recalcitrar contra o aguilhão.’ 15Perguntei: ‘Quem és tu, Senhor?’ E o Senhor respondeu: ‘Eu sou Jesus a quem tu persegues. 16Ergue-te e firma-te nos pés, pois para isto te apareci: para te constituir servo e testemunha do que acabas de ver e do que ainda te hei-de mostrar. 17Livrar-te-ei do povo e dos pagãos, aos quais vou enviar-te, 18para lhes abrires os olhos e fazê-los passar das trevas à luz, e da sujeição de Satanás para Deus. Alcançarão, assim, o perdão dos seus pecados e a parte que lhes cabe na herança, juntamente com os santificados pela fé em mim.’ 19Desde então, ó rei Agripa, não resisti à visão celeste. 20Pelo contrário, aos habitantes de Damasco, em primeiro lugar, depois aos de Jerusalém e de toda a província da Judeia, em seguida, aos pagãos, preguei que se arrependessem e voltassem para Deus, fazendo obras dignas de tal arrependimento.”
Nestes três trechos de textos que nos são apresentados, temos elementos que nos são iguais nos três, como elementos que são diferentes. Contudo em cada um temos uma chave diferente.
O que nos aparece de igual nos três relatos é:
O local onde sucedeu a revelação (Damasco);
A pergunta que Paulo faz :‘Quem és tu, Senhor?;
A pergunta feita pelo Senhor : ‘Saulo, Saulo, porque me persegues?;
A palavra de ordem dada a Paulo “ergue-te”.
O que nos aparece de diferente nos três relatos é:
Em Act 9 é o narrador que nos está a contar o que aconteceu com Paulo;
Em Act 26, quando Paulo refere que os seus companheiros também caíram por terra, mas foi apenas ele que ouviu a voz;
Em Act 22 é a pergunta de Paulo ao Senhor: ‘Que hei-de fazer, Senhor?’;
Em Act 26 descreve a missão que Paulo terá de realizar, enquanto que em Act 22 o Senhor diz a Paulo que é para ir até Damasco, pois lá irão destinar-lhe a missão.
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